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  • Luisa Zuffo

Família em Montevidéu!


Acho que nunca tinha ficado tantos dias sem postar no blog. Eu até me planejei e fiz receitas antes da minha família chegar para postar enquanto eles estivessem aqui. Mas não resisti a tentação de ficar batendo papo e dar 100% de atenção para eles. E minha conclusão depois dessa semana é: valeu a pena. A nossa família é o nosso bem mais precioso. Felizes os que aproveitam e valorizam os momentos em família.

Morar fora é muito bom. Sempre digo que na hora de colocar na balança, as experiências e o aprendizado superam qualquer adversidade e os pontos positivos pesam mais do que os pontos negativos. Se eu tivesse que escolher só uma coisa para representar o que mais sinto falta morando fora (e agora vocês podem até se surpreender, porque não vou falar de comida! Hehehe) diria que o que realmente faz falta são os momentos em família.

Quem mora fora abdica dos almoços de domingo. Dos aniversários. Das datas especiais, como dia das mães e dia dos pais. Não está presente nas formaturas. E nem pode ir a todos os casamentos. Quem mora fora sente falta de saber coisinhas que acontecem no dia-a-dia e que não chegam a ser mencionadas pelo whatsapp, nem aparecem no facetime. Quem mora longe perde. Sente falta dos abraços, do apoio, do convívio com pessoas que te conhecem desde que você nasceu. Sabem quem você é de verdade, de onde você veio e onde quer chegar. Entendem referências da sua infância. Estão sempre cheios de historias pra contar sobre você... E sempre tem um conselho bom pra dar.

Eu sempre digo que as amizades que construí ao longo desses quase oito anos e três países diferentes desde que saí do Brasil foram potencializadas porque nosso círculo de amizades longe de casa tem o papel de preencher o espaço da família. São nossos amigos que vem ao nosso socorro numa emergência. E são os amigos que nos apoiam nos momentos difíceis. Também são com os amigos que celebramos nossos momentos felizes, nossos aniversários, cada conquista. A gente deixa de compartilhar com a família de sempre e começa a viver momentos com uma nova família feita por amigos e pessoas com quem temos afinidades e que estão no mesmo barco que nós. As amizades são tão intensas. E os laços criados são tão fortes que parece que a gente já conhece esses novos amigos, essa família que escolhemos, desde nossa infância.

Felizmente, sempre encontrei uma maneira de me adaptar e ser feliz em todos os lugares onde vivi. E mais felizmente ainda, sempre encontrei pessoas incríveis no meu caminho. Pessoas que me apoiaram, me ensinaram, e me instruíram para conviver com a saudade. Porque não dá pra superar...

Meus pais e meu irmão vieram me visitar. Eles já partiram de volta pro Brasil ontem. E eu fiquei, saudosa dos momentos especiais que vivemos. Foi uma alegria tão grande recebê-los por aqui. Foi uma semana de acordar cedo e dormir tarde. De aproveitar cada minuto. De tentar lembrar de todos os assuntos que queríamos conversar. De aproveitar para transformar cada esbarrão em um abraço. Parecia que tínhamos que aproveitar cada oportunidade pra fazer um carinho. Pra pegar no cabelo, pra dar um beijo. Pra sentir o cheiro.

Adorei que eles vieram conhecer a minha casa. E que viram de verdade a cidade onde eu moro. O lugar onde eu trabalho. Que puderam comer onde a gente também gosta de comer. Que puderam sentir um pouco como é o nosso dia-a-dia por aqui. É bom poder participar e dividir essas coisas com quem a gente ama.

Obvio que já estou cheia de saudades, mas com a partida deles vi que quem mora fora também ganha. Quem tem uma família sempre vai ter um porto seguro. Pode ser que esteja distante, mas está lá. Independente de quanto tempo passe, ou da distância que separe você da sua família, eles estão sempre torcendo por você. Eles são as pessoas que mais querem o seu sucesso! É bom saber que esse tipo de vínculo nunca muda. Que apesar do tempo e da distância, a relação de família é sempre igual. Sua mãe vai sempre te dizer umas verdades. E é sua obrigação escutar, porque ela sabe muito mais do que você. E seu irmão sempre vai querer tudo. Porque ele pode, e tá no direito dele. E você vai querer dar. Assim como você também pode ter tudo o que é dele. E seu pai vai perguntar. Vai te escutar. Vai te abraçar. E no meu caso, meu pai comemorava cada baliza que eu fazia. Todas as vezes que eu estacionava em espaços minúsculos ele se enchia de orgulho! Hahaha.

Então, depois dessa semana eu ganhei mais uma vez a certeza de que sim, é clichê, mas nossa família é realmente nosso bem mais precioso. E é tão especial que ela só agrega. Agrega as pessoas que a gente escolhe para serem nossos companheiros de vida e acolhe como se já pertencessem ali desde sempre. Amam com a mesma força que a gente ama. Muito obrigada por tudo e desculpa qualquer coisa. Amo vocês. E pra terminar, a frase que sempre repito depois de cada despedida: até daqui uns dias.

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